Lenda do Rock
“Você não escolhe o rock, é ele que te escolhe. Ou você nasce com o rock na alma ou o adota por pose, modinha, e depois fatalmente o abandona. Ser roqueiro é um estilo de vida, um estado de espírito”. É assim que Alan Breslau, vocalista das bandas Cavalo Morto e Bömber, define aquilo que, para ele, é quase uma religião: o rock n’ roll.
Alto, olhos claros, cabelos raspados, tatuagens pelo corpo e sempre com roupas pretas, Alan é a personificação do estilo musical que adotou ainda quando adolescente, assim que ouviu pela primeira vez o vinil do volume quatro da banda Black Sabbath, encontrado quando fuçava nas coisas dos irmãos.
“Meus dois irmãos já tinham veia musical. Um tocava sax e amava jazz. O outro, era adepto da country music e tocava violino. Eu, com tantas referências, preferi deixar minha mãe louca: me assumi rock n’ roll”, lembra, rindo.
O interesse pelo estilo o levou a pesquisar e a conhecer bandas como Deep Purple, Kiss e Motörhead e, consequentemente, a mergulhar de cabeça no universo do rock n’ roll.
Entre as lembranças da época de adolescente, estão as viagens a São Paulo e incursões à Galeria do Rock em busca de fitas e vinis de suas bandas preferidas; as horas que passava trancado no quarto viajando nas letras e fotos que compunham o encarte dos discos; as frequentes reuniões com os amigos para trocar informações, customizar roupas com patch, deixando-as mais adequadas ao estilo, ou, simplesmente, ouvir rock.
“Posso dizer que eu vivi uma experiência completa no rock e isso formou minha personalidade. Hoje, o acesso ao rock é facilitado pela internet. Por um lado, é bom. Por outro, sinto que não é o mesmo rock n’ roll”, avalia.
Quando fala de rock, Alan fala com paixão. Talvez, seja esse sentimento incontrolável que o tornou, aos olhos de quem curte rock em Bauru e Região, uma lenda.
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